Apesar da desconfiança por parte dos consumidores brasileiros, os carros chineses já são realidade no mercado nacional. Diversos modelos e marcas vêm mostrando a cara nas ruas e aparecem cada vez mais como opção de compra. Um dos modelos que anda sendo visto e falado é o J3 da JAC Motors, que o Metro testou nos últimos dias. Para começar, o J3 vem de fábrica com todos os opcionais garantidos: ar, direção, vidro e travas elétricas, air bag e freios ABS. Ao contrário do que vem em mente quando o assunto é carro chinês, o carro também é muito bem acabado internamente. Os tapetes são acarpetados, o que dá uma certa sensação de conforto. O painel também não faz feio, tem design de gente grande e luzes agradáveis aos olhos. O pecado ficou por conta do marcador de combustível. Logo após o tanque ser abastecido, o ponteiro manteve-se na marca de vazio. O problema, segundo a JAC, vem sendo detectado por vários compradores e a empresa estuda uma saída. Outro desconforto é com a regulagem de altura da direção. É preciso muito jeito e força para conseguir mover o volante para cima ou para baixo. Com o carro ligado, verificamos que o motor 1.4, com 108 cv, não é dos mais silenciosos. O ronquinho acaba dando um ar maior de esportividade ao carro, principalmente quando se pisa firme no acelerador. A resposta, inclusive, é boa, e a relação com o câmbio macio é ponto positivo. Já no quesito estabilidade, o carro poderia ser melhor. Nas curvas, em velocidade média, o J3 balança um pouco além do esperado, e é necessário mãos firmes e controle do volante. No geral, o J3 deixou uma boa impressão. Os defeitos e imperfeições são corrigíveis, e a desconfiança pode facilmente ser superada.